terça-feira, 1 de julho de 2008

Monstros S.A.


Andei analisando meus textos e percebi que até agora eu só falei sobre as atitudes das outras pessoas e me esqueci de falar das nossas. Precisamos nos lembrar que às vezes, aquilo que nossa avó nos ensinou é verdade e realmente colhemos aquilo que plantamos.
Somos seres humanos comuns e temos atitudes iguais as de muita gente por ai, então eu dei uma analisada sobre alguns conceitos e percebi que os maiores culpados pelas pessoas de hoje serem um lixo, somos nós!
Explicando.
Sempre queremos uma pessoa linda, inteligente, divertida e que se dê bem no nosso meio social. Quando encontramos um, a primeira coisa que nós pensamos é que nos demos bem.
A gente começa a imaginar que essa pessoa é quem a nossa mãe pediu a Deus, e então você se entrega cada vez mais. Você até pensa que se sair um namoro, a relação com certeza será estável.
Te busca na faculdade, leva num cineminha, um barzinho, sexo quase todos os dias. Do jeitinho que você imaginou. Até virar rotina.
Começa a chegar o sábado a noite e você vê suas amigas combinando desde o cabeleireiro até a balada da noite e você se lembra de como vocês arrasam juntas. Vai lembrar-se de quantas cantadas você recebia por noite, e quantas delas você aceitava ou não. Do jeito que você flertava com algumas pessoas só por diversão. Elas te chamam pra ir, mas você com certeza já combinou algum programa (com certeza light) com ele.
Quando o tão esperado dia chega você está sozinha com ele te paparicando e suas amigas na maior diversão. E então o mais temível pensamento ocorre pela sua cabeça: O “achar que não está pronto”.
A “boa pessoa” se transforma no pior mala da terra, aos poucos você vai perdendo a vontade e as vezes não quer nem beijar a pessoa. Quando vê o nome dele no celular te ligando você tem vontade de atirar o aparelho longe. Ai já é tarde demais. Seu relacionamento já era.
Sem a gente perceber, começamos a ser grosso com a pessoa e ele, coitado, se pergunta o que te fez.
E o “mala”, não fez nada além de te curtir.
Então você toma a decisão fatídica: ACABA COM O RELACIONAMENTO. E, claro, põe a culpa em si mesmo dizendo que não está preparado e blá blá blá.
Terminando o mini-relacionamento, voltamos para a nossa tão sonhada vida de volta, com baladas e amigas e azarações durante a noite. Mas quando chegamos em casa depois da balada do mesmo jeito que fomos, ou seja, sozinhos, tentamos descobrir porque não estamos satisfeitos. Talvez porque o cara que você ficou hoje não pediu seu telefone, ou talvez seja mesmo uma FRUSTRAÇÃO.
Daí por diante, por mais que você não queira, você pensa no “bom menino” que deixou para trás.
E ele, por sua vez, chateado e com o coração partido custa a entender o que ele fez para você ter se afastado dele. E então a duvida dele se transforma em raiva.
Se ele só deu o melhor dele mesmo para você e não adiantou, então para que continuar sendo bonzinho? A decisão a ser tomada por ele é jogar tudo para alto para não se machucar novamente e então se transforma em um lobo mau, saindo por aí comendo todas as chapéuzinhos que vê pela frente.

Parabéns! Você criou um monstro.

Mas e nós? O tempo passa e continuamos na mesma, reclamando do tipo de cara que a gente encontra.
Só queremos cachorros que não estão nem aí. E eles são assim por nossa culpa. O nosso cachorro de hoje foi o bom menino de ontem que de alguma forma foi machucado por alguém tão perfeito, fabuloso e incrível como você.
Provavelmente nosso “ex-bom-menino” deve estar enlouquecendo a cabeça de outra pessoa por ai.
E se você parar pra pensar, quantas vezes já criamos um cachorro ou quantas vezes já ficamos um que foi criado por outra pessoa?
Aproveite o dia de hoje para fazer um balanço da sua vida: repensem os seus erros e relembrem os seus acertos, perdoem-se pelos fracassos e orgulhem-se de suas vitórias. E entendam que erros, acertos, fracassos e vitórias são a sua vida hoje.

8 comentários:

Pintura Brasileira disse...

Resumindo baby...Viver é difícil, amar é difícil, e não criar monstros mais ainda. Mas é verdade sim, há sempre esta parte de culpa, e os ressentidos se transformam nos que passam impiedosamente por cima dos próximos que vão encontrando pela frente, e aí é que vem o triste efeito da coisa: muitas vezes, o que não merece encontrar o monstro é o que sofre nas mãos dele...

É...It's hard...so hard!!

Delícioso e gostoso este blog...vai dar ibope!

Beijão grande, lindo e inteligente!

Giane disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Giane disse...

"Com o tempo,você vai percebendo que para ser feliz com uma pessoa,você precisa, em primeiro lugar,não precisar dela.
Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!"
(Mário Quintana)

A teoria me parece simples. Deixar os monstros para os monstros e investir na procura do nosso cordeirinho. Deixar de acreditar nessa balela de que os opostos se atraem.
Não tão simples assim é colocar em prática isso.

Beijo, lindo

Unknown disse...

Amei!
Depois escrevo algo, não estou inspirada no momento e na verdade não tenho este seu dom!
Bjs e bom fds
Áudrea

Unknown disse...

Querido, não lembro de ter criado algum monstro, mas meu coração cada vez mais está ficando duro...depois converso com vc!
Bjs

Douglas Custodio disse...

bah !! gostei do texto ... muito inteligente... =]

Drico disse...

Eu sou um Monstrooooooooooo!!!!rsrsrsrs beijosssssss quanta saudade!!!!!!!!

Anônimo disse...

"Nada do que foi será de novo do jeito que ja foi um dia. Tudo passa. Tudo sempre passará.....
Nao adianta mentir e nem fingir pra si mesmo agora. Há tanta vida lá fora. Aqui dentro sempre...
Como uma onda no maaarrrrrr....."

Have a lovely Sunday you, guys!
***A