quarta-feira, 25 de junho de 2008

Felizes para sempre

Ah! Que bom seria se a história da nossa vida começasse com um "era uma vez..." e terminasse com “... e viveram felizes para sempre".
A arte de amar deveria vir com um manual e todos teriam plena noção de como fazer exatamente, e não mais que exatamente, o que estaria prescrito.
Ouvi dizer que a maravilha do ser humano é que cada um é diferente do outro e que é isso que faz com que seja encantador a descoberta de novos sentimentos a cada vez que você vai se encontrando com a pessoa. Se você pensar por lado, está certíssimo. A gente só não entende a diferença dos seres humanos quando o assunto é descaso, sair com os amigos e te deixar em casa ou não querer te ver em determinado dia...
Nossa cabeça não é feita para entender isso, porque nós não entendemos o porquê “eles” não pensam igual a “nós”.
É tudo muito estranho. E por mais que falem do amor pra gente, por mais que a gente se ferra, a gente sempre procura por mais, colocando nossa mão no fogo porque sabemos que mais cedo ou mais tarde conseguiremos aquilo que estamos procurando. Sabemos que também não importa o que nos dizem sobre a vida. Só aprendemos quando sangramos.
A gente vê a pessoa e o cupido faz o seu papel. Criamos um sentimento "platônico" dentro de nós. A partir daí a nossa vida vira uma fantasia! Toda vez que vamos sair para algum lugar queremos colocar o nosso melhor perfume, nossa melhor roupa só de pensar na possibilidade daquela pessoa estar lá presente.
Um olhar, uma conversa e finalmente o beijo. Então você aprende a conquistar a pessoa e faz com que cada vez seja especial.
O sexo é bom e cada noite juntos parece um sonho. Você finalmente pensa que a pessoa está se entregando, mesmo porque você se sente híper à vontade em dormir na casa dela, e as demonstrações de carinho são dentro e fora da cama.
Mas ninguém está preparado para ser feliz. É difícil se convencer de que é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo. O famoso “você me faz bem” se transforma em “eu não te mereço”.
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre. É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar. É difícil se colocar no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo. As pessoas falam que não estão bem e nem preparadas e terminam o relacionamento. Quando você vê, a única pessoa que está sofrendo é você! Ele? Ah... Ele sai e se diverte com amigos, bebe e ainda distribui alguns beijos por ai. E você?
Temos que nos valorizar mais, porque o pior defeito do ser humano não está exposto fisicamente. O pior defeito é não se deixar ser amado. E isso eu tenho certeza. Não tenho vergonha de dizer que amei. Pelo simples fato de ter amado.
Quero, um dia, dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe e que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim e que eu sempre dei o melhor de mim...
E que valeu a pena.
Bem vindo ao mundo real onde as histórias começam com “era uma vez”, mas quase nunca terminam com “... e viveram felizes para sempre”.


Boa Sorte!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Sex And The City




Andando pelas ruas de São Paulo, comecei a me perguntar sobre o que as pessoas achavam sobre um relacionamento com alguem e, consequentemente, mais uma pessoa no telefone perguntando onde você está.

Não que namorar seja algo que as pessoas não queiram, às vezes imaginamos como deve ser bom acordar e ter alguém pra te falar bom dia fora seu pai e sua mãe, mas sabemos que a cobrança, definitivamente, é foda.

Comecei então a avaliar na minha mente o que vem acontecendo com os casais de hoje em dia e a mente das pessoas que procuram ou não um relacionamento sério, então cheguei a várias respostas. Nenhuma me satisfez, mas posso dizer uma coisa: bem vindos a “era da não-inocência” onde não existem mais bonecos de luxo ou ditados como “tarde demais pra esquecer”.

Ao invés disso os bonecos trabalham e tem relações que pretendem esquecer rapidinho. Auto-preservação e fazer bons negócios são muito mais importantes. Outra resposta é que o cupido voou pra fazer seu trabalho, mas acho que ele se perdeu no caminho... Como será que a gente foi parar nessa confusão?

O que a gente sempre soube é que existem milhares de milhões de pessoas na mesma situação que a nossa: solteiros!

E querem saber mais? Nós conhecemos exatamente como elas são.

Esses solteiros são exatamente como todos nós: Incríveis.

Eles viajam, pagam impostos, compram roupas de até 5.000.00 reais.

Agora, se todos os solteiros são tão perfeitos e incríveis na sua concepção pessoal, porque que a gente nunca acha um outro solteiro nas mesmas condições pra namorar? Pense também que não há uma pessoa no mundo que tenha dispensado no mínimo uns 10 solteiros pelo simples fatos de que eles eram baixinhos, ou gordinhos, ou muito alto, ou muito baixo.

Sabe por que isso acontece? Porque a gente se dá conta que esse tipo de gente é tão perfeito nas atitudes quanto nós e são tão exigentes quanto os gatões, logo você acha melhor então correr atrás dos mais gatos.

Bom, agora que você já entendeu como funcionam as coisas, o fato a ser consumado deveria ser igual em chapeuzinho vermelho “o lobo come todo mundo”.

Pra que se aventurar no amor apostando numa relação se você pode sair, beijar, transar, dar no máximo dois telefonemas pra pessoa que você “catou” na balada só pra garantir uma segunda trepada e então dar um pé na bunda pra começar o ciclo tudo de novo?

Qual dos seres humanos na terra nunca vivenciou uma cena na vida que você se olha no espelho depois de uma transa e fala: “e agora?” “ai meus Deus”. Veja isso por você mesmo: você é o eterno romântico apaixonado e total a favor do amor e o seu amigo é o comedor do pedaço. Ele é muito mais feliz que você (ou pelo menos acha), então o que você pensa? Desistir do amor? Homem certo é uma ilusão? Você acha que pode se dar bem saindo, transando mais do que coelho no cio?

Será que é isso? É mais fácil dizer adeus pro amor e viver sempre com alguém diferente com beijos na boca e sexo fácil?

Se for assim, estou ferrado...